Você provavelmente já ouviu falar de J.Borges, né?! Se o nome dele não te parece familiar, com certeza você sabe quem é ao ver suas obras!
José Francisco Borges nasceu em 1935 em Bezerros, Pernambuco. Filho de agricultores, já foi marceneiro, mascate, pintor de parede, oleiro e muitas outras coisas. Até que em 1956 comprou um lote de folhetos de cordel e começou a atuar como vendedor em feiras populares. Em 1964 escreveu seu primeiro folheto, O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, que foi ilustrado pelo artista Dila (1937), de Caruaru, e publicado pelo folheteiro Antonio Ferreira da Silva.
E o folheto fez sucesso! Vendeu cinco mil exemplares em apenas dois meses. Então ele escreveu sua segunda publicação. Mas para economizar dinheiro, ele mesmo criou a capa do folheto, produzindo sua primeiro xilogravura inspirada na fachada da igreja de Bezerros. Esse trabalho deu start na sua carreira de xilogravador!
E então a década de 60 foi um marco na vida do artista. Sua obra passou a ser reconhecida nacional e internacionalmente. Já na década de 80 seu trabalho recebe prêmios que atestam a importância de sua contribuição como artista popular.
Autodidata, J.Borges é considerado pelo escritor Ariano Suassuna o melhor gravador popular do Brasil!
O que é xilografia?
Xilografia é a arte de gravar em madeira, uma técnica de impressão em que o desenho é entalhado na madeira.
É tipo um carimbo! Nessa placa de madeira entalhada a pessoa passa um rolo de tinta em cima e aí “carimba” no papel. É isso que J.Borges faz! Primeiro cria o desenho na madeira, com algo cortante e depois passa para o papel.
A técnica foi muito utilizada durante a Idade Média, mas com o avanço tecnológico do século 20, caiu em desuso. Os processos de impressão ganharam espaço e, assim, a xilografia passa a ser utilizada só por artistas e artesãos.
Os portugueses trouxeram a técnica para o Brasil. Aqui, ela desenvolveu-se na Literatura de Cordel.
Além de J.Borges, vários xilógrafos brasileiros ganham destaque, especialmente na região nordestina, como Gilvan Samico, Abraão Batista, Amaro Francisco, José Costa Leite e José Lourenço.
Inspiração
J.Borges tem como inspiração o cotidiano, principalmente nordestino. Ele aborda em suas obras temas como a religião, personagens de folhetos de cordel, natureza, a rica cultura do Nordeste, etc.
Hoje as xilogravuras são impressas em grande quantidade e em diferentes tamanhos e ele trabalha ao lado dos filhos. Suas obras são vendidas por lojas de arte popular brasileira como a Paiol.
Em nossa loja online você encontra diferentes opções de xilogravura de J.Borges.