Galeria Metrópole reúne o melhor do design autoral em edifício de arquitetura histórica

Com mais de 30 lojas e estúdios de design e decoração, o espaço no centro de São Paulo virou um dos novos polos criativos da cidade

Por Ana Sachs
26/01/2025 06h25  Atualizado há 2 dias

Os amplos corredores e o pátio interno tornam a Galeria Metrópole um espaço comercial agradável — Foto: Galeria Metrópole/Divulgação

Após a pandemia, o centro de São Paulo passou a viver uma nova fase, com diversas lojas e estúdios de design e decoração se instalando na região. Construída na década de 1950, a Galeria Metrópole é uma das que vive esse renascimento.

O edifício de arquitetura modernista, projetado pelos arquitetos Gian Carlo Gasperini e Salvador Candia, fica ao lado da Biblioteca Mário de Andrade e de frente para a avenida São Luís. Acima se ergue uma torre de escritórios, enquanto abaixo um grande centro comercial de 20 mil m² se distribui por cinco andares – subsolo, térreo e três pavimentos.

Os acessos generosos, os amplos corredores e o agradável pátio interno ao ar livre e repleto de verde, hoje, reúnem 23 lojas de design, arte e artesanato, além de nove escritórios de arquitetura, tornando-se um grande polo de criativos.

O pontapé inicial para a região voltar a ser atraente para esses profissionais partiu do designer Paulo Alves, que ocupou, em 2020, um espaço de 700 m² na galeria Zarvos, também na avenida São Luís. “Eu acho que o fato de eu ter tido essa coragem de colocar uma loja desse tamanho aqui abriu a porta para outros fazerem o mesmo”, aponta Paulo.

Após a pandemia, a Galeria Metrópole foi tomada por profissionais de design e arte — Foto: Galeria Metrópole/Divulgação

Com diversos comércios fechados durante a pandemia e aluguéis atraentes – além dos apelos histórico e arquitetônico do edifício –, a Galeria Metrópole começou a ser vista como uma opção para jovens talentos da cerâmica, do mobiliário, da escultura e da pintura, entre outras técnicas.

“No final da pandemia, encontrei a galeria praticamente vazia e comecei a pensar em como revitalizar o lugar. Chamei amigos para se juntarem à ideia e, aos poucos, o projeto ganhou corpo. Além disso, consegui, junto ao Design Weekend, uma parceria para trazer eventos ao centro da cidade”, conta Bruno Niz, um dos designers residentes.

Uma das primeiras a apostar na Galeria Metrópole foi a designer Ju Amora, que deixou um espaço em Perdizes e instalou seu estúdio no local em 2021.

“Ela é um grande ícone da cidade, um oásis no centro. A cena cultural de São Paulo na década de 1960 escreveu parte de sua história ali. Estar na galeria é como reviver uma porção disso e, quem sabe, escrever uma nova parte na história desse lugar e da cidade. Minha decisão de estar na galeria partiu dessa ideia romântica”, conta Ju.

A frente da loja da designer Ju Amora, instalada na Galeria Metrópole desde 2021 — Foto: Ju Amora/Divulgação

Para Ju, o maior desafio em manter seu estúdio na Galeria Metrópole é conseguir atrair o público para a região, por conta da visão estereotipada que as pessoas têm do centro. “Claro que os problemas sociais existem, mas não é uma exclusividade do centro. Eles se espalham por toda cidade, então, o desafio está em quebrar essa primeira barreira nas pessoas”, explica.

Ela é uma das grandes incentivadoras da união entre os residentes para levar eventos e feiras à galeria, rompendo esse receio inicial do público. “Em 2022, realizamos a primeira edição da Semana de Design na galeria. A partir disso, o interesse pelo espaço cresceu. A DW mostrou as possibilidades de negócios que existiam ali e isso fez bastante diferença”, relembra.

Na opinião de Lucas Lassen, curador e diretor criativo da loja de artesanato Paiol, que abriu uma unidade na Galeria Metrópole em 2022, a chegada de novas marcas, designers e artistas ao local gerou um processo natural de levar mais pessoas ao centro buscando por essas referências.

“Com isso, a galeria começa a atrair ações positivas para si e também o seu entorno, como o Design Weekend e as feiras Na Rosenbaum e Jardim Secreto. Eu acredito que a maior contribuição da Metrópole tem sido justamente o papel de protagonizar eventos e ações que levam para a região central um público que quer consumir e vivenciar arte e cultura brasileira”, destaca.

A construção modernista da década de 1950 tem projeto de Gian Carlo Gasperini e Salvador Candia — Foto: Galeria Metrópole/Divulgação

A maior circulação de pessoas também tem gerado uma grande visibilidade por parte do poder público e uma maior percepção de segurança, na avaliação de Ju. “Esse é, sem dúvida, um movimento muito importante para São Paulo. É a oportunidade de valorizar o novo e a história da cidade”, aponta a designer.

O próximo evento na galeria acontece neste final de semana, em 25 e 26 de janeiro. Em sua segunda edição, o Festival Metrópole reunirá editoras independentes, de arte impressa, expositores de discos de vinil, artistas de trabalhos manuais e de cerâmica, além de trabalhos do Coletivo Design na Metrópole, que reúne cerca de 18 marcas autorais que têm lojas no local.

“Só a partir da ocupação é que o poder público passará a olhar para o centro com mais cuidado a partir de suas necessidades. Eu acho que, neste contexto, a arte, o design, a arquitetura e a cultura brasileira podem ser ferramentas importantes no sentido de reposicionar o centro de São Paulo como este lugar que abriga e recebe todos”, acredita Lucas.

Em comemoração aos seus 61 anos, a Galeria Metrópole traz festival cultural na galeria, com programação musical e artística — Foto: Mo Araújo/Divulgação

Paulo vai além e pensa em uma união de todos os residentes da região para criar um roteiro criativo no centro paulistano. “A ideia é oferecer um lugar com vários pontos de interesse, onde as pessoas podem vir de metrô e ônibus. Você roda todo o circuito a pé e, juntos, podemos criar várias ações para atrair o público, como eventos, descontos, festivais, concursos”, sugere.

Conheça os criativos que estão hoje na Galeria Metrópole:

Subsolo

  • Jardim da Mi (@mi.jardimdami)
  • Risotropical (@risotropical)

Térreo

  • Teto Casa (@teto_casa)

1° andar

  • Studio Cris Azevedo (@studiocrisazevedo)
  • Ju Amora (@ajuamora)
  • Paiol (@lojapaiol)
  • Casa Jardim Secreto (@casajardimsecreto)
  • Metro Objetos (@ metroobjetos) + Fino Artigos (@finoartigos)
  • Pocket_ Galeriaverbo + Studio Lopomo (@ studiolopomo)
  • Galeria Retina(@galeriaretina)

2° andar

  • Um Canto lá de Casa (@umcantoladecasa)
  • Edel Stein (@edel__stein)
  • Playground Company (@_playground.co) + Sandra Arruda (@sandrarrudadesigner)
  • Studio Volanti(@studiovolanti)
  • Estúdio Niz (@estudioniz)
  • Satelite Studio (@satelite.studio)
  • Floresta no Centro – ISA(@florestanocentro)

3° andar

  • Lucas Recchia – Studio Cas (@studio.cas)
  • André Carvalho (@andre.carvalho_designer) + Estúdio Pedro Luna (@estudiopedroluna)
  • De La Cruz (@studio.delacruz) + Niedo Design (@niedodesign)
  • Miguel Croce (@miguelcroce)
  • André Grippi (@andregrippidesign)
  • ATO (@ato.design) + Garten(@g_a_r_t_e_n)

Escritórios de arquitetura

  • Studio Pedro Luiz de Marqui(@pedroluiz.demarqui)
  • BHF Estúdio (@bhf.estudio)
  • Carmela Rocha – Arqui.Expo.Ceno (@carmela_rocha)
  • Estudio Cas (@estudiocas)
  • H+F Arquitetura (@hmaisf)
  • KS.AA Arquitetura Multipotencial (@_ks.aa) + Basalto Lab. (@basalto_lab)
  • Estudio Lava (@estudiolava)
  • Estudio + 1 (@estudio_maisum)
  • Entre Escalas + Cauliflora (@entre.escalas)

Galeria Metrópole

Endereço: Avenida São Luís, 187 – República – São Paulo (SP).

Filtro de barro Vale do Jequitinhonha: quais são suas características únicas?

Se você é apaixonado por objetos artesanais brasileiros, é provável que já tenha ouvido falar do filtro de barro Vale do Jequitinhonha

Este item não apenas carrega a tradição e o requinte das mãos que o moldam, como também oferece características únicas que o distinguem do convencional filtro de barro, seja na funcionalidade ou na beleza estética. Vamos explorar juntos as maravilhas que essa verdadeira obra de arte proporciona.

Uma história enraizada na cultura

O Vale do Jequitinhonha, conhecido por sua vibrante produção de artesanato, possui uma rica história cultural e um legado que se estende por gerações. 

O filtro de barro é um testemunho dessa tradição, refletindo não apenas a habilidade e dedicação dos artesãos, mas também a vida e a cultura locais. 

Cada filtro de barro produzido nessa região carrega em si uma parte dessa história, transformando-se em muito mais do que um simples utensílio: ele é uma peça de conversa e admiração.

A arte de moldar a argila

O processo de criação de um filtro de barro Vale do Jequitinhonha é, por si só, uma jornada artística. Artesãos habilidosos selecionam cuidadosamente a argila, modelando-a com técnicas transmitidas de geração em geração. 

Esse cuidado resulta em um filtro de barro que é inconfundivelmente distinto tanto por sua qualidade quanto por sua beleza. 

Cada curva e linha presente no design, muitas vezes enriquecido por pinturas detalhadas, atesta o capricho colocado em cada peça. A presença do filtro de barro pintado é um diferencial, enriquecendo ainda mais seu valor artístico e decorativo.

Funcionalidade e benefícios para a saúde

Além de ser uma obra de arte, o filtro de barro é famoso por sua eficiência natural na purificação da água. A argila porosa age como um excelente filtro, removendo impurezas e até mesmo alguns microrganismos, além de manter a água fresca e agradavelmente gelada. 

Este é um ponto significativo para aqueles que buscam uma vida mais saudável e sustentável, integrando o uso de materiais naturais em suas rotinas diárias.

Design único e personalizado

O design dos filtros do Vale do Jequitinhonha é outra característica marcante. Cada filtro de barro pintado é único, com cores e formas que tornam cada peça especial, refletindo a diversidade cultural e a criatividade dos designers. 

Como as opções variam entre peças mais discretas e outras mais ricamente detalhadas, é possível encontrar um filtro de barro que se encaixe perfeitamente no seu estilo e decoração, tornando-o uma peça central em qualquer ambiente.

Tradição e modernidade de mãos dadas

No filtro de barro do Vale do Jequitinhonha, tradição e modernidade se encontram. Ele é o equilíbrio perfeito entre resgatar práticas ancestrais e atender às demandas contemporâneas em termos de design e funcionalidade. 

Esta peça consegue ser um portal para o passado e uma ponte para o futuro, apropriando-se dos melhores aspectos dos dois mundos.

Se você deseja trazer um toque autêntico para a sua casa ou presentear alguém especial, considere adicionar uma peça tão especial quanto esta à sua coleção. 

Para conhecer mais sobre filtros de barro e outras obras de artesanato brasileiro, não deixe de visitar o site da Loja Paiol. A Paiol é referência em artesanato brasileiro, unindo mestres consagrados, novos artistas e povos indígenas.

Qual a diferença entre um banquinho artesanal e um banco tradicional?

Se você adora incorporar toques de design brasileiro em sua casa, com certeza já se deparou com a dúvida: escolher um banquinho artesanal ou um banco tradicional? Ambos têm seus encantos e funcionalidades, mas há aspectos importantes que os diferenciam e podem influenciar sua escolha final.

Estética e singularidade

Um dos principais atrativos de um banquinho de madeira artesanal é a sua singularidade. Cada peça é única, criada individualmente por mãos talentosas que valorizam o processo artesanal. 

Esses banquinhos conferem um charme especial ao ambiente, refletindo a cultura e a tradição por trás de cada detalhe. Imagine adquirir um banquinho  de onça, esculpido com cuidado e atenção aos detalhes; é como ter um pedaço da arte brasileira dentro de sua casa.

Já o banco tradicional, geralmente fabricado em massa, pode oferecer um acabamento mais uniforme e contemporâneo. Sua estética é mais previsível, o que pode ser uma vantagem se você busca por uniformidade e modernidade no design.

Materiais e durabilidade

Outro ponto a considerar é o material utilizado. Um banco artesanal de madeira muitas vezes utiliza madeira de reflorestamento ou reaproveitadas, aliando-se a práticas sustentáveis e, por vezes, técnicas antigas que reforçam a durabilidade do produto. Além de serem robustos e duráveis, esses banquinhos possuem uma pegada ecológica mais acentuada.

Já os bancos tradicionais podem ser feitos tanto de madeira quanto de outros materiais como metal e plástico. Esses materiais oferecem resistência mas muitas vezes não trazem o mesmo apelo emocional e o charme de uma peça artesanal de madeira.

Funcionalidade e versatilidade

Em termos de funcionalidade, os dois tipos de bancos têm seus trunfos. Enquanto um banquinho de madeira artesanal pode ser utilizado em salas, cozinhas, áreas de leitura e até mesmo em espaços externos, os bancos tradicionais podem ter ajustes modernos, como regulagens de altura e até mesmo designs dobráveis que economizam espaço.

No entanto, a versatilidade de um banco não é apenas sobre onde ele pode ser colocado; é também sobre como ele pode ser integrado à decoração e ao estilo de vida. 

O fato de um banco artesanal de madeira poder contar histórias, ser uma peça de conversa e ainda oferecer funcionalidade prática, é algo que definitivamente conquista muitos apreciadores de arte e design.

Conexão com a cultura e artesanato local

Optar por um banquinho artesanal é apoiar a história e a tradição do artesanato brasileiro. Esse tipo de escolha fomenta o trabalho de artistas locais, muitos dos quais fazem parte de comunidades tradicionais e coletivos de artesãos. 

Essa decisão não só apoia uma economia mais justa, mas também valoriza e mantém vivas as técnicas artesanais passadas de geração para geração. Adquirir peças como um banquinho de onça é mais do que uma compra, é um investimento cultural.

Os bancos tradicionais, enquanto práticos e funcionais, não trazem essa mesma vivência cultural e, muitas vezes, carecem da história e personalização que marcas e artesãos locais conseguem proporcionar em suas criações.

Visite Loja Paiol

Se você valoriza o diferencial de peças feitas à mão e quer explorar a beleza dos objetos artesanais brasileiros, vale a pena conferir a Loja Paiol. Nela, você encontrará não só banquinhos de madeira, mas uma variedade de produtos que falam da diversidade e da riqueza do artesanato brasileiro. 

A Loja Paiol é referência em artesanato brasileiro, unindo mestres consagrados, novos artistas e povos indígenas. Estamos desde 2007 como referência de artesanato representativo.