Como integrar objetos indígenas na decoração moderna?

A harmonia entre o modernismo e a cultura ancestral pode ser mais do que uma tendência dentro de casa. A incorporação de acessórios indígenas em ambientes contemporâneos é uma celebração da rica tapeçaria da nossa herança cultural e uma demonstração de apreço e respeito pela arte indígena. Vamos explorar como você pode realçar o visual do seu lar com essas preciosidades de enorme valor cultural e estético.

Compreendendo o valor cultural

Antes de mais nada, é primordial que entendamos o significado por trás dos objetos que escolhemos para decorar nossos espaços. O artesanato indígena não é só uma questão de estética, mas carrega consigo histórias, crenças e a sabedoria de povos nativos. É uma maneira de preservar e valorizar culturas que formam a base da identidade brasileira.

A arte de misturar tradição e modernidade

Ao integrar objetos de origem indígena na decoração, buscamos criar um ponto de diálogo entre as linhas limpas do design moderno e a organicidade das peças artesanais. Pequenos detalhes podem fazer a diferença, como a inclusão de um totem indígena em um canto estratégico da sala, criando um elo visual que chama atenção sem sobrecarregar o ambiente.

Texturas e materiais naturais

Aproveitando os materiais naturais como madeira, fibras e barro, que são comumente utilizados no artesanato nativo, adicionamos uma camada de autenticidade e conforto. Esses elementos trazem o calor da terra para dentro de nossos espaços, criando uma sensação acolhedora e única.

Cor e simbologia

Peças indígenas em cores vibrantes também podem oferecer um contraste aprazível quando colocadas contra o minimalismo monocromático presente em muitos designs modernos. Cada cor e símbolo nas artes indígenas tem um propósito e uma história; por isso, é essencial escolher com atenção e consciência.

Equilíbrio visual com respeito às origens

Respeitar a origem de cada obra de arte é fundamental. Assim, ao posicionar um objeto ou um totem indígena na sua casa, não é só uma questão de estética, mas também de empatia pela cultura que o criou. Valorize o artesão e seu trabalho dando-lhe o destaque merecido, mas sempre integrado de forma harmoniosa com o seu entorno.

Uma história em cada peça

Cada vez que optamos por incorporar um acessório indígena no nosso lar, estamos trazendo para dentro de casa não só um objeto decorativo, mas uma história, uma tradição e, o mais importante, uma parte viva da cultura de um povo. Essa é uma forma poderosa de criar diálogos e pontes entre diferentes tempos e estilos.

Único e autêntico

A autenticidade é o verdadeiro luxo dos nossos dias. Ao escolher peças de artesanato indígena, estamos nos conectando com essa busca pelo genuíno. Um objeto feito manualmente por um artesão indígena é uma peça única que traz consigo anos de tradição e habilidade que não podem ser replicados.

Se você está procurando uma maneira de revitalizar o seu espaço com arte que tenha significado e beleza atemporais, convido você a visitar o site da Loja Paiol

Estamos desde 2007 como referência de artesanato representativo. Conheça um mundo de possibilidades para enriquecer a sua decoração de forma respeitosa e refinada. Visite e se encante com as opções que oferecemos para você!

Como a xilogravura conta histórias do Nordeste: de J. Borges aos temas atuais

Em meio ao sertão vibrante e suas histórias multicoloridas, surge um elemento que encapsula a essência, a saga e a poesia do Nordeste: a xilogravura. Esta forma tradicional de arte permite um mergulho autêntico na cultura de uma região robusta e repleta de simbolismos. 

O enigma da xilogravura nordestina

A xilogravura nordestina é mais do que um mero processo de entalhar madeira; é uma linguagem visual que evoca o imaginário popular. Notável por sua capacidade de comunicar com simplicidade e profundidade, ela carrega em suas linhas um pouco da alma nordestina. Esse método secular hoje é reconhecido como uma das mais autênticas expressões da arte brasileira.

Xilogravuras J. Borges: narrativas em madeira

Ao falar de xilogravuras J. Borges, falamos de um nome que se tornou sinônimo da arte em questão. J. Borges é um mestre que com suas mãos habilidosas transcende a prática de gravar na madeira e escreve visualmente sobre a vida, os costumes e as lendas do Nordeste. Suas obras são verdadeiras crônicas, eternizando o folclore e o dia a dia de seu povo.

A técnica por trás do traço

Não é apenas a força do conteúdo que faz da xilogravura uma expressão tão marcante, mas também o domínio técnico evidente em cada peça. As gravações em relevo na madeira, posteriormente entintadas e prensadas sobre o papel, são a culminação de um processo meticuloso. Cada linha tem seu lugar e função na narrativa, e o resultado final não é nada menos que um espelho da riqueza cultural da região.

O sabor das histórias entalhadas

Um dos aspectos mais fascinantes da xilogravura é sua capacidade de contar histórias sem que uma única palavra seja escrita. Os cenários por ela representados transbordam com cenas do cotidiano, festas populares, figuras mitológicas e desafios enfrentados pelo homem nordestino. Essas gravuras falam — e seu idioma é universal, acessível a todos que se deixam levar por suas formas e sombras.

Interconexão cultural

As xilogravuras nordestinas, e em especial as de J. Borges, não são apenas uma janela para os costumes e tradições do Nordeste, mas também um elo de ligação entre pessoas de distintas origens. O poder evocativo desses trabalhos artísticos convida a uma reflexão sobre a diversidade e riqueza do patrimônio cultural brasileiro, além de inspirar novos artistas a continuar essa tradição.

Onde admirar e adquirir xilogravuras autênticas

Se após este passeio visual pelas histórias entalhadas do Nordeste você se sentiu inspirado a trazer um pouco dessa arte para sua vida, tenho uma sugestão. O Paiol é um espaço onde o artesanato brasileiro é celebrado e valorizado. Lá, você descobrirá uma cuidadosa seleção de peças oriundas de mestres consagrados, talentosos novos artistas e povos indígenas — todos unindo suas vozes em uma esplêndida narrativa artística.

O convite está feito: visite o site da Loja Paiol e envolva-se com a arte que tem muito a dizer. Desde 2007, o Paiol se estabelece como referência em artesanato representativo, mostrando ao mundo o que o Brasil tem de único e extraordinário. Testemunhe, por meio da xilogravura nordestina e de outras manifestações artesanais, as inúmeras histórias que este país tem para contar.

A história de São Francisco de Assis e sua influência no artesanato brasileiro

A vida de um dos mais populares santos católicos é relembrada todos os anos em 4 de outubro, data de sua morte, em 1224

Por Redação Casa e Jardim em: A história de São Francisco de Assis e sua influência no artesanato brasileiro | Artesanato | Casa e Jardim (globo.com)

07/10/2024 06h35  Atualizado há um dia

Leonildo, artesão pernambucano, representa um santo festivo, ao passo que a peça de Elizabeth Marques, do MS, segura uma pequena onça, ressaltando o título de padroeiro dos animais — Foto: Penellope Bianchi / Divulgação

No Brasil, país com o maior número de católicos do mundo, São Francisco de Assis é um dos santos mais representados na arte popular. Defensor dos mais vulneráveis e padroeiro dos animais, ele se tornou uma das principais figuras da história da Igreja Católica por abdicar da riqueza para dedicar a vida aos pobres. Sua existência é celebrada todos os anos em 4 de outubro, data de sua morte, em 1224.

“Embora ele seja um santo católico, por aqui foi se transformando em uma figura que transcende a religião, passando a provocar apreço e identificação por conta das representações que dialogam com a brasilidade”, comenta o curador Lucas Lassen, responsável pela Paiol, marca que atua com artesanato e arte popular brasileira e conta com mais de 20 modelos diferentes do santo.

As representações do santo no artesanato mesclam características tradicionais com elementos regionais da cultura popular brasileira. “Mesmo mantendo a típica túnica marrom, com uma corda amarrada à cintura e sandálias simples de couro, alguns artesãos e artistas, a partir de uma mesma referência, imprimem características que remetem ao bom-humor e à afetividade do brasileiro”, diz.

A artesã Alice, de São Paulo, usa técnica com palha, enquanto a mineira Neia traz o santo em um altar adornado com flores — Foto: Penellope Bianchi / Divulgação

São Francisco ganha adaptações a partir de técnicas e materiais distintos em diferentes regiões do país. O santo da artista Elizabeth Marques, do Mato Grosso do Sul, por exemplo, segura uma onça-pintada, animal típico do estado, em referência ao título de padroeiro dos animais.

Já o São Francisco do artesão pernambucano Leonildo carrega uma sanfona com as cores da bandeira do estado. No universo da ceramista alagoana Sil da Capela, ele está sentado debaixo de uma jaqueira, uma das marcas do trabalho da artista.

A história

Nascido entre 1181 e 1182 em Assis, na Itália, Giovanni di Pietro di Bernardoniera vem de uma família rica e influente na região. Filho de pai italiano e mãe francesa, acabou ganhando o apelido de Francesco (o francês), por conta das constantes viagens de negócios do pai a França dedicadas ao comércio de tecidos.

A vida abastada e distante dos problemas da época o fez crescer como um jovem conhecido por esbanjar dinheiro e ser cercado de luxos, ambição e a busca por poder e reconhecimento. Sem muito apreço pelos negócios da família e sem a intenção de seguir os passos do pai, por volta dos 20 anos, decidiu se tornar soldado para lutar em uma guerra interna de Assis contra a região da Perúgia.

Em busca de fama e grande glórias, acabou sendo capturado e preso por cerca de 1 ano, no qual definhou, passou fome, contraiu doenças e começou a refletir sobre a vida que tinha levado até então. Ao retornar a sua casa, tentou voltar à vida regada a festas e luxos, mas seu encantamento foi diminuindo ao poucos.

A arte popular brasileira tem diversas representações diferentes de São Francisco de Assis — Foto: Penellope Bianchi / Divulgação

Segundo diversos biógrafos, foi neste momento que ele começa a ter rompantes de caridade, doando dinheiro, roupas e até tecidos da empresa de seu pai aos pobres da região. Em uma de suas passagens mais conhecidas, ao encontrar um rapaz com lepra, embora sempre tenha tido uma aversão aos doentes, foi tomado por compaixão e acabou o beijando, o que mais tarde também o fez passar a fazer visitas regulares a hospitais e enfermos.

Segundo historiadores, o chamado para a servidão a Deus se deu por volta dos 25 anos, no momento em que ele rezava na Igreja de São Damião, em Assis, quando teria ouvido o crucifixo falar com ele, repetindo três vezes a frase: “Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas”.

Essa experiência o fez vender tudo o que tinha e levar o dinheiro para o padre de São Damião, pedindo ainda permissão para viver com ele. Seu pai foi buscá-lo contrariado e disse que, se ele pretendia seguir com a decisão, deveria abdicar de sua herança. Francisco renunciou, então, à vida abastada e passou a se dedicar exclusivamente à religião, pedindo esmolas para obras de caridade.

O São Francisco de barro da ceramista alagoana Sil da Capela está sentado debaixo de uma jaqueira — Foto: Paiol / Divulgação

Após conseguir a atenção de boa parte da cidade para seus atos de renúncia de bens em prol da caridade, ele decidiu escrever um manuscrito sobre a nova ordem, que viria a se tornar a Ordem Franciscana, com pilares baseados no amor, na humildade, na castidade e na obediência aos ensinamentos religiosos.

Ao longo dos anos de peregrinação, passou a olhar também para a natureza e os animais como parte da obra divina, fazendo-o ficar conhecido por defender, inclusive, a presença de bichos nos cultos religiosos. Hoje, este é um dos motivos por ser consagrado como padroeiro dos animais.

O reconhecimento como santo foi feito pelo papa Gregório IX, em 1126, dois anos após a sua morte, trazendo ainda mais força para o seu legado, que se estendeu ao longo dos anos e fez, inclusive, o atual Papa Francisco escolher o seu nome em homenagem a São Francisco de Assis.

De menino rico a defensor dos pobres: conheça a história de São Francisco de Assis, que se tornou um dos santos mais representados pela cultura popular

De menino rico a defensor dos pobres: conheça a história de São Francisco de Assis, que se tornou um dos santos mais representados pela cultura popular

Celebrado no dia 4 de outubro e reconhecido por sua túnica marrom, sua imagem ganha interpretações que só seriam possíveis no Brasil 

Leonildo, artesão pernambucano, representa um santo festivo, cercado por andorinhas e de sanfona na mão. Já o santo de Elizabeth Marques, do MS, segura uma pequena onça pintada ressaltando seu título de padroeiro dos animais – Fotos Penellope Bianchi

Conhecido como defensor das pessoas em situação de pobreza e padroeiro dos animais, a devoção e dedicação de São Francisco de Assis aos vulneráveis nem sempre foi uma de suas características. Celebrado no dia 4 de outubro, por conta de sua morte em 1224, ele se tornou uma das figuras mais populares e emblemáticas da história da Igreja Católica por conta de seu histórico incomum de abdicação da riqueza para dedicar sua vida aos pobres. 

No Brasil, país com o maior número de católicos do mundo, o flerte entre arte e religiosidade resulta em representações do santo que mesclam suas características tradicionais com elementos regionais da nossa cultura popular.  “Embora ele seja um santo católico, por aqui foi se transformando numa figura que transcende a religião, passando a provocar apreço e identificação por conta das representações que dialogam com a brasilidade. Mesmo mantendo sua típica túnica marrom, com uma corda amarrada à cintura e sandálias simples de couro, alguns artesãos e artistas, a partir de uma mesma referência, imprimem características que remetem ao bom humor e à afetividade do brasileiro”, afirma o curador Lucas Lassen, responsável pela Paiol, marca que atua com artesanato e arte popular brasileira e conta com mais de 20 modelos diferentes do santo. 

Ainda de acordo com Lassen, São Francisco é representado por diversos artistas de diferentes regiões do país e ganha adaptações a partir de técnicas e materiais distintos. “O São Francisco pantaneiro de Elizabeth Marques, do Mato Grosso do Sul, por exemplo, ganha uma das mais importantes características do estado, segurando uma onça pintada, em referência ao título de padroeiro dos animais. Já o São Francisco do pernambucano Leonildo, segura uma sanfona com as cores da bandeira do Pernambuco. No universo da ceramista alagoana Sil da Capela, ele está sentado debaixo de uma jaqueira, uma das marcas do trabalho da artista. O santo feito pela associação que homenageia o cearense Mestre Noza, é entalhado em madeira e já aparece um pouco mais tradicional”, revela Lassen, que ainda ressalta obras das Figureiras de Taubaté, no interior de São Paulo, com um arco florido que aparece em boa parte de suas produções, além da ceramista Néia, de Minas Gerais, entre outros.

A Alice, de São Paulo, usa sua técnica com palha. já a mineira Neia traz o santo em um altar adornado com flores – Fotos Penellope Bianchi

A história

Nascido entre 1181 e 1182 em Assis, na Itália, Giovanni di Pietro di Bernardoniera – seu nome de batismo – vem de uma rica e influente família da região.  Filho de pai italiano e mãe francesa, acabou ganhando o apelido de Francesco (o francês), por conta das constantes viagens de negócios do pai à França dedicadas ao comércio de tecidos. A vida abastada e distante dos problemas da época o fez crescer como um jovem conhecido por esbanjar dinheiro em uma vida cercada de luxos, ambição e a busca por poder e reconhecimento. 

Sem muito apreço pelos negócios da família e sem a intenção de seguir os passos do pai, por volta dos 20 anos de idade ele decidiu se tornar soldado para lutar em uma guerra interna de Assis contra a região da Peruggia. Em busca de fama e grande glórias, ele acabou sendo capturado e preso por cerca de um ano, no qual definhou, passou fome, contraiu doenças e passou a refletir sobre a vida que tinha levado até então. Ao retornar à sua casa, ele até tentou retomar a vida regada a festas e luxos, mas seu encantamento foi diminuindo em pouco tempo. De acordo com diversos biógrafos, é neste momento que ele começa a ter rompantes de caridade, doando dinheiro, roupas e até tecidos da empresa de seu pai aos pobres da região. Em uma de suas passagens mais conhecidas, ao encontrar um rapaz com lepra, embora sempre tenha tido uma aversão aos doentes, acabou tomado por compaixão e acabou beijando-o, o que mais tarde também o fez passar a fazer visitas regulares a hospitais e enfermos. 

O chamado, a Ordem Franciscana e a relação com os animais

Foto – Penellope Bianchi

Segundo historiadores, o chamado para a servidão à Deus se deu por volta dos 25 anos, no momento em que ele rezava na Igreja de São Damião, em Assis. Ele contava que tinha ouvido o crucifixo falar com ele, repetindo três vezes a frase:  “Francisco, repara minha casa, pois olhas que está em ruínas”. A ação o fez vender tudo o que tinha e levar o dinheiro para o padre de São Damião, pedindo ainda permissão para viver com o padre. Sabendo de tudo, seu pai foi buscá-lo contrariado, e lhe disse que se ele pretendia seguir com a decisão, deveria abdicar de sua herança. E assim ele o fez, renunciando à vida abastada e passando a se dedicar exclusivamente à vida religiosa, pedindo esmolas para obras de caridade. 

Depois de conseguir a atenção de boa parte da cidade para seus atos de renúncia de bens em prol da caridade, Francisco decidiu escrever um manuscrito sobre a nova ordem, que viria a se tornar a Ordem Franciscana, com pilares baseados no amor, na humildade, na castidade e na obediência aos ensinamentos religiosos. Ao longo dos anos de peregrinação, ele passou a olhar também para a natureza e os animais como parte da obra divina, o que o fez ficar conhecido por defender, inclusive, a presença de animais nos cultos religiosos. Hoje, este é um dos motivos por ele ser tido como o padroeiro dos animais. O reconhecimento como santo foi feito pelo papa Gregório IX  em 1126, dois anos após a sua morte, trazendo ainda mais força para seu legado, que tem se estendido ao longo dos anos e seguido inclusive pelo atual Papa Francisco, que escolheu seu nome por conta do santo.

No universo da alagoana Sil da Capela, o São Francisco (à esquerda) aparece sentado aos pés de uma Jaqueira. O santo feito pela Associação dos Artesãos de Mestre Noza é feito em madeira e tem imagem mais tradicional – Foto: Paiol(esquerda) e Penellope Bianchi (direita)
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Por que as cerâmicas do Vale do Jequitinhonha são únicas?

Ao adentrarmos no universo do artesanato brasileiro, somos imediatamente envolvidos pela rica tapeçaria cultural que é tecida por mãos habilidosas de artesãos nacionais. E quando falamos sobre a cerâmica Vale do Jequitinhonha, estamos nos referindo a mais do que simples objetos decorativos ou utilitários: falamos de uma herança cultural cheia de vida, história e significado. Com uma tradição que atravessa gerações, a cerâmica dessa região mineira carrega em seu barro as marcas de um povo que esculpe suas memórias e sonhos.

Um mergulho na cultura e na história

O Vale do Jequitinhonha é uma área conhecida por sua vocação para a arte em cerâmica há séculos. O trabalho manual dos artesãos locais – sobretudo as mulheres, conhecidas como “noivas do barro” – é responsável pela produção de peças que são verdadeiras expressões de identidade e resistência cultural. 

Ao moldar uma jarra de cerâmica, o artesão não só dá forma a um recipiente para água ou flores, mas também consegue comunicar através da argila a vitalidade e a resiliência do seu povo.

O diferencial da cerâmica cascavel

Uma curiosidade interessante sobre a cerâmica produzida nesta região é a técnica conhecida como “cerâmica cascavel”, assim denominada devido ao som que as peças fazem, assemelhando-se ao chocalho da serpente. 

Esse som é resultado de pequenas pedras colocadas no interior das peças antes da queima no forno. Tal característica evidencia o quanto o artesanato local é permeado por um simbolismo rico e um toque de magia, que separa estas peças de qualquer outra cerâmica feita em outras partes do mundo.

Tradição que se adapta e evolui

A tradição da cerâmica Vale do Jequitinhonha conta com a força de um conhecimento que é passado de geração para geração, mas não fica estagnada no tempo. Há uma constante evolução tanto nas técnicas quanto nos designs, o que torna cada peça ainda mais especial. 

Os artesãos locais têm o desafio constante de se inspirarem em suas raízes culturais ao mesmo tempo que buscam inovações. Isso garante que o acervo de artesanato do Vale do Jequitinhonha seja sempre atual e relevante.

A arte que representa o Brasil

O Brasil é um país de enorme diversidade cultural, e o artesanato é uma das suas expressões mais autênticas. Uma jarra de cerâmica do Vale do Jequitinhonha, por exemplo, não é apenas uma peça de artesanato, é um ícone do Brasil rural, sincero e genuíno. Quando escolhemos apreciar e adquirir estas peças, apoiamos não apenas o artesão individual, mas também contribuímos para a preservação e continuidade de uma cultura viva, que tem muito a contar sobre a nossa nação.

Visite a Loja Paiol

Compreender a singularidade do artesanato do Vale do Jequitinhonha nos permite apreciar ainda mais a beleza e o valor das peças. Se você é um apreciador de objetos artesanais brasileiros e deseja ter em sua casa uma representação tangível da nossa rica tradição cultural, convidamos você a visitar o site da Loja Paiol

A Paiol é referência em artesanato brasileiro, unindo mestres consagrados, novos artistas e povos indígenas. Estamos desde 2007 como referência de artesanato representativo. Encontre peças que comunicam histórias e perpetuam o talento de um Brasil autêntico.

Descubra como cada vaso, escultura ou jarra de cerâmica portam a essência do nosso país e enriqueça seu ambiente com arte que tem alma. Não deixe de aproveitar essa oportunidade de conectar-se com a ancestralidade e a contemporaneidade do artesanato Vale do Jequitinhonha.