Tikuna – Um povo lutador e que sobrevive à contemporaneidade

Foto: Acervo Museu do Índio, 1930

A etnia Tikuna, localizada na fronteira entre o Peru e o Brasil, mostra a força de um povo que resiste ao tempo e às adversidades. Os Tikuna formam o povo indígena mais numeroso da Amazônia, com aproximadamente 50 mil indivíduos, divididos entre Brasil, Peru e Colômbia.

Os tikunas possuem uma dinâmica muito singular na divisão de tarefas e responsabilidades dentro de uma aldeia. Segundo a Britannica Escola, eles se organizam em dois grupos ou clãs: um com nome de aves e outro com nome de plantas ou animais. As pessoas que pertencem a certo clã não podem se relacionar amorosamente ou casar-se com as do outro grupo.

Foto: Jussara Gruber , 1978

Essa etnia possuem uma língua própria, sendo uma língua tonal, ou seja, uma mesma palavra pode significar coisas diferentes, mudando o tom das suas sílabas.

 As atividades principais dos tikunas são a pesca e o cultivo de espécies nativas como mandioca e cará. Eles ainda realizam diversos rituais para marcar momentos importantes, como a festa da Moça Nova, que é a passagem da infância para a puberdade das meninas da aldeia. Nessa ocasião, os homens usam máscaras cerimoniais feitas com cascas de árvores e pinturas com pigmentos naturais.

Foto: Frei Arsênio Sampalmieri, 1979

Essa população numerosa não foi o suficiente para evitar a exploração de seringueiros e madeireiras das florestas da região ao longo do século XX. A disputa mais conhecida foi o Massacre do Capacete, em 1988, quando 14 tikunas, entre crianças, mulheres e homens, foram cercados e mortos por um funcionário de um fazendeiro. Essa violência, a proliferação de doenças trazidas pelos colonizadores, entre outros elementos, colocaram toda essa população em alto risco, além de destruírem o processo de sustentabilidade de suas atividades e a preservação da sua cultura e identidade.

O que se manteve vivo e forte é o artesanato dessa etnia, que engloba chocalhos, máscaras de animais em madeira e bonecos. Mas o trabalho mais difundido é o de cestaria Tikuna, feita com palha de tucumã seca. As peças, tingidas naturalmente através da extração de corantes de espécies da vegetação nativa do local, são trançadas normalmente pelas mulheres da aldeia. São peças que contam a história de um povo e sua trajetória de luta que atravessa os séculos.

Você conhece a riqueza natural e cultural de Alter do Chão?

A região de Santarém e Alter do Chão tem sido tema de diversas matérias na mídia nos últimos meses, por conta de diversas polêmicas relacionadas a incêndios ilegais e desmatamento da floresta nesta área. Mas o que não podemos deixar de lado é a riqueza natural e cultural dessa região do norte do Brasil.

Alter do Chão é um dos distritos de Santarém, no Pará. Ele fica na margem direita do Rio Tapajós, e é o principal ponto turístico de Santarém, pois abriga uma praia de água doce considerada a mais bonita do mundo, segundo o Jornal inglês The Guardian.

Alter do Chão era habitada majoritariamente por comunidades indígenas da etnia Borari. Ainda é possível encontrar peças ornamentais e utilitárias feitas de barro em algumas áreas, muitas delas em forma de cabeça de urubu, círculos, cachimbos, além de objetos como jarros, fogareiros, entre outros utilitários. Além disso, tem-se mantida a celebração de duas festas anuais tradicionais dessa etnia. O “Festival Borari” que acontece todos os anos no mês de julho, e o “Sairé”, que é realizado em setembro, sendo estas duas das manifestações religiosas mais antigas praticadas na aldeia dos Boraris.

O que se tem muito vivo e presente nessa comunidade é o artesanato feito com a palha de tucumã, planta abundante na região e extraída de forma sustentável pelas pessoas que produzem as peças. Cestos feitos dessa palha tingida naturalmente produzidos por diversas comunidades de Santarém e de Alter do Chão. Essa atividade ancestral se torna fonte de renda de diversas famílias e mantém viva a tradição dos nossos povos originários.

Aqui na Paiol, temos diversos produtos oriundos dessa região tão rica de história e de nossa identidade!

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A releitura do Presépio por artistas Brasileiros

Neste post aqui contamos a história do Presépio, como ele surgiu e se popularizou pelo mundo.

Com a popularização, os presépios foram sendo feitos de diversos tamanhos e materiais a fim de se adequarem nos lugares e estilos de decoração.

Trouxemos aqui alguns modelos moldados pelas mãos de artistas brasileiros importantes na nossa cultura! Todos estão disponíveis em nossa Loja Virtual.

Presépio Do Leonildo de Caruaru – PE

Presépio Mini Cerâmica Micheli – PE

Mini Presépio Laidjane – PE

Presépio Palha De Milho – GO

Presépio Chuva de Pássaros – Figureiras de Taubaté

 As figureiras de Taubaté formam o núcleo de produção artesanal tradicional mais antigo do Brasil, com mais de 100 anos de história.

A própria palavra “figureira” continua não dicionarizada e remete a ideia das artesãs moldarem figuras de presépio, como o boi, o cavalo, a ovelha, etc., em argila. A primeira figureira de Taubaté foi Maria Conceição Frutuoso, que restaurou com o barro do rio Itaim, uma imagem da santa Imaculada Conceição que ficava na Capela de Santa Clara, em 1909.

 

A origem do Presépio

A história é de mais de 2 mil anos atrás, quando Maria, uma mulher virgem e muito religiosa, foi escolhida para ser a mãe do Filho de Deus. Ela estava noiva de José, um marceneiro em Nazaré. A gravidez foi anunciada a José por anjos que lhe visitaram para lhe explicar da missão que ele e a futura esposa teriam. Casaram-se e viajaram à Belém. Ao chegar no destino,  não havia mais lugares para se hospedarem e assim ficaram em uma estribaria. Naquela noite e naquele lugar simples, nasceu o Menino Jesus. Ali receberam a visita de pastores, animais e reis magos.

Essa é a cena representada pelos presépios.

Origem do Presépio

O primeiro presépio foi montado em Greccio (cidade perto de Roma, na Itália) por São Francisco de Assis, no Natal de 1223. Ele queria explicar para as pessoas como foi o nascimento de Jesus Cristo. Sem saber exatamente como ilustrar a história, teve a ideia de pegar argila e montar bonecos de barro.

Depois desse dia, lá pelo século XVIII, montar presépio dentro de casa virou tradição cristã e se popularizou, ganhando o mundo. Inicialmente era montado somente dentro das igrejas, mas com o passar do tempo ganhou as casas de católicos e hoje é possível ver o cenário em lojas, empresas e lugares públicos. 

No Brasil, quem montou o primeiro presépio foi Gaspar de Santo Agostinho, no século 17, em Olinda/PE.

Personagens

Tradicionalmente os personagens representados são: 

Virgem Maria, José, menino Jesus dentro de uma manjedoura, animais como vacas e ovelhas, anjos, estrela de Belém, Pastores e os três Reis Magos.

Os animais e pastores representam o local onde Jesus nasceu, os anjos são responsáveis por anunciar a chegada de Jesus, a Estrela de Belém orientou os Reis Melquior, Baltazar e Gaspar para o local do nascimento.

Confira em nossa loja virtual os Presépios moldados pelas mãos de artistas brasileiros. 

 

Presépio Do Leonildo de Caruaru - PE